segunda-feira, 12 de setembro de 2011

07 DE SETEMBRO DE 2011

A Escola Municipal Dr. Antônio Carlos Magalhães, localizada na Praça do Divino Espírito Santo, nº 22 foi inaugurada em agosto de 1973, na administração do prefeito Pedro Alves Cunha (o nome da escola foi dado em homenagem ao então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães). Atualmente a escola atende alunos do 4º ano à 8ª série (Ensino Fundamental) no diurno e Educação de Jovens e Adultos (5ª e 6ª / 7ª e 8ª) no turno noturno num total de 639 alunos.
A equipe gestora da escola é composta pela diretora, uma vice-diretora no turno matutino, uma secretária, três auxiliares de secretária, dois coordenadores, sendo que um coordena os turnos matutino e vespertino e outro o Programa Mais Educação que até o momento ainda não começou a funcionar, 34 (trinta e quatro) professores e 16 (dezesseis) funcionários de apoio.
Este ano o tema do projeto da escola e também das outras escolas municipais é Bahia: uma terra de valor. Para o Desfile Cívico do 7 de Setembro deste ano a nossa escola apresentou o sub-tema: Artes plásticas e Arquitetura da Bahia.
Nenhum lugar – vila, cidade, estado, país etc. – pode ter sua história contada apenas através das palavras. A imagem “fala” muito, e ainda que ela possa expressar-se em texto, sua riqueza visual mantém-se para além da palavra escrita. Nesse sentido, temos uma compreensão bastante rica e viva da Bahia através da sua arquitetura e artes plásticas. Juntas, elas fazem parte do imenso patrimônio cultural baiano, que não pode ser medido em termos puramente econômico. Por essas expressões artísticas corre o sangue, o suor e as lágrimas da nossa gente; repõe o trabalho e a inteligência do nosso povo.
Do seu passado colonial, escravista, podemos observar a arquitetura religiosa, sacra, de marcante influência portuguesa, porém “temperada” com um jeito bem brasileiro (miscigenado) de se fazer. A cidade colonial do Salvador, das colinas, fortificações, das igrejas; O centro histórico da Bahia, o “Pelourinho”, durante o Período Colonial Português; o interior permeado de vilas coloniais de estilo português, onde as variadas cores se destacam do verde das matas e dos tons terrosos das colinas e serras. Assim avançamos pelos séculos XVI e XVII, quase sempre importando estilos europeus: renascentista, barroco, rococó, maneirismo etc.
O século XVIII marca o redirecionamento da produção arquitetônica baiana, pois esta assume um caráter mais regional e particular, o mesmo ocorrendo com as artes plásticas baianas. Nossas artes plásticas se valeram de cerâmicas, barro, madeiras, pedras, palhas, couro, oferecendo-nos assim evidências concretas de nossa formação étnico-cultural variada. Nossa produção artística é uma poderosa fonte de entendimento histórico.
A passagem do século XIX para o XX trás consigo um continumm de estilos artísticos internacionais – romantismo, neoclassicismo etc. – como influências para a produção arquitetônicas baiana. Nas artes plásticas, marcadamente mais populares, continuamos a seguir a trajetória anterior. Mas com a chegada do modernismo no início dos anos 1930, e, sobretudo nos anos 1940, damos um grande passo em direção à modernização urbana. Nos anos 1950-60, na capital Salvador, muitos edifício são construídos a partir das mais variadas influência modernistas. É a fase dos novos materiais: ferro fundido, concreto armado, aço, vidro, etc; esculturas e entalhes em ferro, aço, pedra, de caráter estilizado; pinturas geométricas, coloridas. Em suma, a convivência espacial entre a arte colonial, simples, com as formas arrojadas da arte contemporânea. O novo convivendo com o “velho”, a passagem do tempo com suas mudanças e continuidades.  Eis a nossa história, eis a nossa arte!        


Por Márcio Soares e Mª da Conceição Nolasco





























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